O líder turco afirmou que Ancara sugeriu que os militares de alto nível de ambas as partes se pudessem reunir para discutir o problema.
Comentando o anúncio, Boris Dolgov, pesquisador do centro cientifico do Instituto de Estudos Orientais, observou que tal operação não pode ser iniciada sem consultas prévias com a Rússia e o Irã. O analista político disse que, apesar de Washington e Ancara terem uma oportunidade sólida para liberar a região do Daesh, eles ainda podem ter motivações posteriores.
Em particular, ele diz que isto pode ser uma implementação do chamado "cenário americano" para a solução da crise na Síria.
"Tanto Raqqa, quanto o norte da Síria, são territórios de um Estado soberano e se o plano for implementado, Raqqa vai se encontrar sob controle turco", disse ele em uma entrevista à RIA Novosti.
Boris Dolgov considera que depois, usando a presença do FSA na região, os EUA e a Turquia poderão constituir uma liderança alternativa na região e, com o apoio dela, tentar impor certas condições ao governo legítimo do país.
Dolgov, no entanto, está convencido de que ainda é cedo para refletir sobre o lançamento dessa operação.
"Esta operação será inevitavelmente antecedida por consultas com a Rússia e o Irã. A Força Aeroespacial da Rússia está agora parcialmente controlando o espaço aéreo sírio, portanto, há uma clara necessidade de consultas com os militares russos", conclui o especialista.