Segundo os dados obtidos pelos cientistas, 42% dos japoneses têm uma atitude negativa frente aos chineses e 53% dos chineses não confiam nos japoneses. Somente 11% dos japoneses e 14% dos chineses declararam que possuem uma boa atitude em relação ao outro país. 77% dos chineses consideram que o arrependimento japonês pelos crimes de guerra cometidos no anos 1930 e 1940 não é sincero. Só 10% dos respondentes da China pensam que as desculpas do Japão são suficientes. Os japoneses que participaram da enquete pensam de modo diferente. Metade dos respondentes disse que as desculpas do seu país são suficientes, 23% pensam que não são suficientes e 17% dos japoneses até afirmaram que as desculpas não eram necessárias.
Na sua opinião, a razão principal deste fenómeno é a história da região, mergulhada em conflitos.
"<…> no Oriente, as pessoas devido as suas caraterísticas psicológicas especiais costumam recordar as ofensas", declarou.
Segundo o analista, nas últimas décadas Tóquio pediu repetidamente desculpas pelas ações do seu Exército em territórios de vários países asiáticos mas sempre que as relações entre o Japão e a China se agravam, a última recorda aos japoneses o seu passado.
"Hoje o principal fator de risco na Ásia consiste na contradição entre a economia e a segurança. O intercâmbio entre o Japão e a China excede $300 bilhões. É um valor muito alto e penso que ambos os países compreendem que as ilhas disputadas não são tão valiosas para desenvolver uma campanha militar porque as perdas ultrapassarão todos os ganhos", disse Pavlyatenko.
A China mantém disputas territoriais também com outros países asiáticos. Curiosamente, a pesquisa do ano passado do mesmo centro revelou que 91% dos filipinos e 83% dos vietnamitas afirmaram que a disputa territorial com a China pode transformar-se em um conflito armado. Na Coreia do Sul as ambições da China geram preocupações em 78% dos respondentes.