Porém, há quem diga que estes testes poderão ser o sinal de uma ameaça militar muito mais séria.
Segundo os sul-coreanos, caso realmente se trate de um satélite geoestacionário, esse fato indica que a ciência do país se encontra numa fase avançada de desenvolvimento e que o poder militar da Coreia do Norte tem aumentado.
De acordo com Kim Dong-yup, "se compararmos as fotos do teste de motor para MBI publicadas no jornal norte-coreano Rodong Sinmun em abril deste ano e a foto do novo teste de foguete, é evidente que a potência do segundo motor (a combustível líquido) aumentou consideravelmente".
Kim Dong-yup ressalta que "desta vez a Coreia do Norte anunciou que o poder do motor alcança 80 toneladas-força, o que supera em quatro vezes a potência do míssil balístico Nodong (27 toneladas-força)".
"Isso significa que, tendo apenas dois motores desse tipo (com poder total de 160 toneladas-força), é possível enviar objetos mais pesados a maiores distâncias", acrescenta.
"Surgem alegações absurdas de que em 10 de outubro, ou até antes, será lançado um foguete com o motor que foi testado hoje", diz o professor.
"Um MBI e um foguete para satélites geoestacionários são a mesma coisa que rodas dianteiras e traseiras de um automóvel: a tecnologia básica é a mesma, mas suas funções e finalidades são diferentes", explica o professor.
Ele indica que serão necessários pelo menos 10 anos para realizar um lançamento de teste usando este motor de foguete.
De acordo com Kim Dong-yup, "para o lançamento de um satélite geoestacionário serão necessários motores mais potentes capazes de levá-lo a uma altitude que supera os 500 quilômetros<…>"
Segundo ele, "tais satélites serão capazes de estar num ponto determinado girando junto com a Terra e, se for necessário, se deslocarem para outras coordenadas" para serem usados como análogo ao GPS e para outras finalidades.