Mas rapidamente, a informação foi desmentida pelo Reino Unido que negou o fato de que a palavra "soberania" tinha realmente sido mencionada. Mesmo assim, Macri teve que esclarecer o ocorrido.
A polêmica surgiu depois de a chanceler argentina, Susana Malcorra, e o vice-chanceler britânico, Allan Duncan, terem assinado o acordo em 13 de setembro que abrange várias áreas, como conexão aérea, comércio, pesca, navegação, hidrocarbonetos, mas a palavra "soberania" não chegou a ser mencionada.
Segundo Edgardo Esteban, veterano que guerreou contra o Reino Unido em 1982, as Malvinas não se negociam. Ele fez esta declaração em entrevista à agência Sputnik Mundo.
O veterano indica que se trata não apenas das ilhas, mas de 3,8 milhões de quilômetros quadrados que foram reconhecidos pela ONU neste ano.
Segundo ele, "as Malvinas representam uma das maiores reservas da fauna aquática do Hemisfério Sul". Além disso, nas ilhas está situada a base militar britânica de Mountpleasant considerada maior no sul do Atlântico que tem uma estratégia de ocupar territórios e controla o mar meridional, bem como as passagens entre os dois oceanos – Atlântico e Pacífico, aponta.
Esteban criticou o acordo assinado pela chanceler argentina Malcorra e seu homôlogo do Reino Unido porque o documento dá privilégios "apenas aos britânicos e os habitantes das Malvinas não recebem nada em troca, no que diz respeito à soberania".
O veterano falou sobre a vigência da Declaração de Ushuaia de 2012 que foi aprovada por unanimidade por todas as forças políticas que integram o Congresso da Nação. O documento defende a soberania das Malvinas, denuncia a militarização do Atlântico e estabelece os recursos naturais como patrimônio da Argentina.
Ele indica que a questão das Malvinas não é de competência de um partido político ou de um governo, é assunto que tem que ser resolvido a nível de Estado.