Premiê japonês: disputa territorial com Rússia deve acabar em breve

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O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe apoiou recentemente o desenvolvimento das relações com Moscou e destacou a importância da próxima visita do presidente Putin ao Japão.

Nesta segunda-feira (26) o premiê disse estar convencido de que as partes chegarão em breve o acordo relativamente a disputa territorial que mantêm sobre as ilhas Curilas. Segundo Abe, o acordo levará à intensificação dos contatos bilaterais russo-japoneses, inclusive em tais áreas como a economia, energia e outras.

"Por via de resolver a questão territorial nós vamos pôr fim à situação anormal em que, mesmo 71 anos após a guerra, não há acordo de paz entre os nossos países", disse Abe citado pela RIA Novosti.

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Japão não quer ceder nada à Rússia na disputa territorial sobre Curilas
Em 23 de setembro o jornal japonês Yomiuri informou que o Japão, como condição da possível assinatura do documento, só exigirá duas ilhas à Rússia: Khabomai e Shikotan. O lado japonês planejaria continuar as negociações em relação a Itutup e Kunashir após a assinatura do acordo. Mais tarde, o Ministério das Relações Exteriores do Japão desmentiu os dados divulgados, declarando que o governo continuará realizando negociações relativamente a todas as ilhas.

Mais cedo, em 2 de setembro, comentando a disputa territorial com o Japão, o presidente russo Vladimir Putin declarou à agência Bloomberg que a Rússia não vende os seus territórios.

Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante o Fórum Econômico do Oriente, Vladivostok, Rússia, 3 de setembro de 2016 - Sputnik Brasil
Por que razão Japão e Rússia de súbito decidem se aproximar?
A visita do líder russo para o Japão está prevista para 15 de dezembro, havendo bastante expectativa visto a visita ser um grande passo nas relações bilaterais entre a Rússia e o Japão, especialmente tendo em conta que a viagem estava sendo adiada desde 2014.

Em 1956 a União Soviética e o Japão assinaram, após o fim da Segunda Guerra Mundial, uma declaração conjunta que previa que Tóquio receberia as Ilhas de Habomai e Shikotan após a celebração de um acordo de paz, mas a questão das outras duas ilhas não foi discutida. Segundo os analistas, a diferença de estatuto das ilhas foi a razão das dificuldades no processo de negociações, que já dura há 60 anos.

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