Ainda que 27 senadores norte-americanos tenham votado contra o fornecimento de armas à Riad, cujo valor soma um total de 1,15 bilhão de dólares, faltaram vários votos para o veto passar. Os congressistas opositores à venda de armas à Arábia Saudita argumentaram que a intervenção da Riad no Iêmen com as armas de fabricação norte-americana haviam causado um número incalculável de mortes de inocentes na península árabe.
"Apesar do argumento (dos opositores da proposta) terem um peso do ponto de vista humanitário, não fez sentido em termos de impacto que o veto teria sobre os empregos nos EUA, as empresas norte-americanas e a extensa indústria de defesa", diz o colunista em seu artigo.
A Riad é hoje o principal comprador de armas norte-americanas. Em 2010 a Arábia Saudita fechou um contrato recorde de 60 bilhões de dólares para comprar itens de defesa produzidos por empresas norte-americanas. Essa compra é equivalente a uma grande parte do orçamento de defesa dos EUA, ressalta o autor.
Uma coalizão de países árabes liderados pela Arábia Saudita está travando uma guerra do lado do governo iemenita desde março de 2015. Em resposta, os Huthis quase diariamente atacam áreas de fronteira da Arábia Saudita com mísseis balísticos, que geralmente são interceptados pela defesa aérea saudita.