Na opinião dele, Duterte "corre um sério risco por ter iniciado a rígida luta contra a máfia de drogas, inimigo perigoso e influente". Segundo Kolotov, existe a possibilidade de eventual golpe contra o atual presidente, organizado pelos cúmplices da máfia.
O especialista indica que "devido ao alto nível de corrupção no sistema da ordem pública e órgãos do governo, Duterte teve que adotar medidas extremas, como, por exemplo, pedir à população para matar traficantes, livrando-a de processo judicial".
Segundo o especialista russo, Yevgeny Mikhailov, se levarmos em consideração questões de segurança, as ações do presidente filipino são incompreensíveis para os países ocidentais e para os EUA, em particular. Na opinião dele, tais líderes como Duterte são os principais alvos dos EUA, que costumam dominar e estabelecer suas ordens.
Mikhailov ressalta que "é mais fácil para o Ocidente dominar os países sujeitos à anarquia e criminalidade".
"Quando criminosos matam pessoas, todos ficam tranquilos, mas quando as pessoas são contra criminosos, isso causa protesto. Claro que o forte e ambicioso líder das Filipinas não é a favor quando seu país, que o elegeu presidente, sofre tentativas de ser controlado por fora", explica Kolotov.
Antes, Duterte anunciou que pretende mudar o curso da sua política externa para se focar mais na Rússia e China, ao invés dos EUA e Ocidente. O presidente filipino, além de seguir com planos de visitar a China, pretende se reunir com o primeiro-ministro Dmitry Medvedev na Rússia. Duterte informou que está disposto a "abrir as Filipinas para os russos e chineses para que eles possam negociar" e, assim, "fechar acordos comerciais".
Em 20 de setembro, a mídia informou que o palácio presidencial Malacanang teria recebido informações do representante do gabinete de ministros das Filipinas, que está em Nova York, sobre um alegado plano de derrubar Duterte do poder antes de janeiro de 2017. O governo filipino está investigando tais dados, mesmo os detalhes não terem sido revelados.