A mídia ocidental chamou a atenção para o fato de esta já não ser a primeira declaração escandalosa do presidente filipino. Em maio, ele chamou o Papa Francisco de "filho de meretriz" e, um pouco mais tarde, o embaixador norte-americano nas Filipinas, Philip Goldberg, de "homossexual".
Obama soube dessa ofensa pouco antes do fim da cúpula do G20 em Hangzhou e ordenou aos seus assessores que informassem a parte filipina de que a reunião foi cancelada porque o tempo para negociações frutíferas já é uma coisa do passado.
O especialista pensa que este incidente não deteriorará os laços entre os dois países porque eles precisam um do outro.
"Para as Filipinas os EUA são a única garantia de segurança nas relações com a China e na disputa em torno de mar do Sul da China. Para os EUA as Filipinas são uma posição estratégica no centro do oceano Pacífico. Não penso que entre Washington e Manila possa acontecer um conflito real. As Filipinas temem demasiado a China, em particular no contexto de disputa territorial, porque não permitirão à China lucrar com a situação", disse Fenenko.
"Agora as consultas entre os dois países não podem continuar e o incidente pode ter efeitos sobre a cooperação. Além disso, este incidente pode provocar que a mídia e a comunidade dentro dos EUA comecem provocando uma deterioração nas relações filipino-americanas", disse.
O presidente filipino não é tolerante a críticas. Depois de suas medidas contra as drogas ele condenou a ONU e ameaçou com a saída da organização, acrescentando que é uma intervenção nos assuntos internos do país.
Na opinião do especialista Grigory Lokshin, tais ações do presidente filipino podem significar que ele tenta chegar a acordo com a China, mas é pouco provável que a China desista da sua posição na disputa no mar do Sul da China.
Ao mesmo tempo, destaca o especialista Dmitry Mosyakov, existe a impressão que ambas as partes tentam resolver o problema de qualquer forma. Há alguns avanços para estabilizar a situação.