"O Uruguai, do Presidente Tabaré Vázquez, que também havia se posicionado a favor da Presidente Dilma Rousseff durante seu processo de impeachment, reavaliou sua posição e privilegiou o fato de que o Brasil está entre os maiores países compradores de produtos uruguaios. Da mesma forma parece ter agido o presidente da Bolívia, Evo Morales, que precisa discutir os termos da renovação do contrato de compra e venda de gás boliviano pelas empresas brasileiras, acordo este que vence em 2019".
Além disso, há planos de construção de hidrelétricas na Amazônia, e um outro assunto que interessa muito de perto a brasileiros e bolivianos, a construção da ferrovia que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico.
Para Denilde Holzhacker, a reaproximação diplomática entre Bolívia e Brasil não significa necessariamente um realinhamento de ideias:
"Não acredito que a Bolívia aceite as ideias neoliberais do Governo brasileiro, assim como não acredito que o Brasil irá estimular os ideais bolivarianos adotados pelas autoridades daquele país. O que está em jogo são as relações comerciais entre os países, e, para que elas possam prosperar, a diplomacia entre Brasil e Bolívia precisa estar ativa e sem tensões".