Kevork Almassian, jornalista e analista político sírio, disse na emissão da Rádio Sputnik Internacional que a declaração dos EUA sobre suspensão da cooperação com a Rússia é "enganosa", visto que não havia uma verdadeira cooperação, tendo as partes abordagens diferentes para acabar com a guerra civil na Síria.
De acordo com Almassian, os americanos provavelmente não estavam interessados em evitar a violência em Aleppo, estão satisfeitos com o status quo e apoiam a Frente al-Nusra, enquanto os russos e os sírios estão determinados a libertar a cidade a qualquer custo.
Diana Johnstone, escritora que também participava do programa, concordou com o Almassian, dizendo que os EUA sempre tiveram o único objetivo de eliminar o governo independente nacionalista árabe da Síria, colocando no poder grupos pró-americanos. Este plano, destaca escritora, falhou, e agora a nova estratégia é "simplesmente destruir a Síria." Manter o estado de guerra é do interesse dos EUA e de seus aliados na região, Israel e Arábia Saudita, disse ela.
"Essas forças se reuniram para destruir o Estado legítimo da Síria, é isso que está em causa acima de tudo," disse Jonhstone à Rádio Sputnik Internacional.
"Tudo isso são apenas palavras ", considera Almassian. "Se os americanos bombardearem a Síria, acho que teremos uma nova Guerra Mundial. Quer dizer, isso não é um exagero", alertou, explicando que uma intervenção direta poderia resultar em consequências dramáticas.
Se os EUA levarem a cabo bombardeios há alta possibilidade de uma maior conflagração, com os russos contra os americanos, de um lado, e os sauditas contra o Irã, por outro, disse Kevork Almassian.