De acordo com Konashenkov, "desde o dia 20 de setembro observamos a terceira onda de acusações sobre a suposta participação da Rússia na destruição do comboio humanitário, em Aleppo".
"E em todas as vezes, juntamente com as habituais conjuras, ouvimos declarações de 'testemunhas-voluntários', que depois afinal são combatentes da Frente al-Nusra, posteriormente ouvimos falar sobre certas 'provas irrefutáveis' em posse da inteligência norte-americana, que pouco depois são desautorizadas perante o Congresso norte-americano pelo chefe do Estado-Maior Conjunto do Exército dos EUA, general Joseph Dunford", afirmou Konashenkov.
"Agora quem brilha no papel de arrazoador é Boris Johnson, que terá visto (com um mês de atraso) a culpa da Rússia depois de observar algumas fotografias de satélite em 'acesso livre'. Senhor Johnson, não poderá abrir esse 'livre acesso' e mostrar as fotos a mais alguém?", disse o representante da entidade militar russa.
"Não estavam nenhuns aviões russos na área de localização do comboio humanitário. Isto é um fato. E todas as "provas" não valerão nada se realmente alguém tem acesso a elas", declarou Konashenkov.
A ONU enviou em 19 de setembro dois comboios de ajuda humanitária, destinados a mais de 160.000 pessoas, para as províncias sírias de Aleppo e Homs.
Na noite do mesmo dia, a organização relatou um ataque contra um dos dois comboios no sudoeste de Aleppo, que, de acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), destruiu 18 dos 31 caminhões e um hospital móvel. O ataque provocou a morte de um agente da missão humanitária e de pelo menos 20 civis.
Em 20 de setembro, o Ministério da Defesa da Rússia divulgou um vídeo do ataque contra o comboio humanitário, mostrando que os caminhões da ONU e do grupo Crescente Vermelho seguiam acompanhados por um veículo terrorista com lançadores de morteiro de grande calibre.