O Cordão do Vístula é uma longa e estreita faixa de terra entre o mar Báltico e a lagoa do Vístula. A parte nordeste pertence à Rússia e o resto — à Polônia. O regime de passagem pelo local é regulado por um contrato especial assinado entre Varsóvia e Moscou. Este fato serve de base para Kaczynski e os seus colegas de partido falarem sobre a alegada dependência da Rússia.
A construção do novo canal, com uma extensão de 1,3 km e a profundidade de 5 metros, custará 220 milhões de dólares.
Em particular, enquanto os apoiantes poloneses do projeto declaram que este não influenciará o transporte de cargas ao país, empresários de ambos os lados dizem que as vantagens econômicas da construção são muito duvidosas.
"A decisão de escavar o canal é 95% política, nenhuma economia," disse à Sputnik Andrei Kolesnik, deputado da Duma de Estado (câmara baixa do Parlamento russo).
Cabe notar que os autores do projeto sempre contaram com o apoio da União Europeia, mas, por razão das críticas dos ambientalistas, a ajuda nunca foi prestada.
"Não se pode enganar a Natureza. Não é por acaso que a UE recusou participar da iniciativa. Não sabemos o que acontecerá futuramente com o Cordão, se o Báltico avançará mais ativamente pela costa, mas uma coisa eu sei: com o aparecimento de mais um estreito marítimo, a salinidade da água na lagoa do Vístula irá se alterar", disse.
Isso significa que o equilíbrio ecológico mudará e que o peixe pode sair para o Báltico, perturbando o ambiente e a pesca da região.
Desta forma, o projeto do partido governista polonês não é mais que um projeto nocivo que visa apenas "irritar" a Rússia.