As obras debaixo da mesquita de Mesquita de Al-Aqsa, realizadas por Israel, é um ato de terrorismo, acredita o cientista político iraniano e comentador da Sputnik Persa Emad Abshenass. De acordo com ele, o problema da resolução da UNESCO deve ser resolvido de forma a satisfazer todas as partes, mas isso não pode ser resolvido assim de repente, como quer Israel.
A UNESCO declarou que a mesquita de Al-Aqsa é patrimônio cultural do islã. No entanto, o primeiro-ministro de Israel, contornando todas as regras internacionais, autorizou de fato a realização de obras de escavação que podem resultar na destruição dessa mesquita.
Aparentemente Israel não pôde aceitar esta situação e planeja continuar os trabalhos por baixo da mesquita de al-Aqsa. Isso contradiz todas as regras, normas, acordos e compromissos internacionais, porque depois de ser registrada como patrimônio cultural, quaisquer ações que possam destruí-la serão um crime contra os direitos humanos.
Parece que o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, encontrou uma maneira de contornar a decisão da UNESCO. Esse plano consiste em realizar os trabalhos de escavação sob a mesquita e, mais tarde, quando a mesquita se desmoronar, declarar que foi um acidente, mas cujas consequências serão irreversível.
Emad Abshenass destaca que, além dos extremistas do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia) e seu antecessor Al-Qaeda, ninguém na história da humanidade agiu desse jeito.
Uma das razões do descontentamento palestino eram os "ataques" de Israel contra a mesquita de Al-Aqsa. Essas ações de Israel também podem causar tentativas de reação de retaliação por parte dos muçulmanos.
A coalizão de Estados árabes está atualmente dividida e países que estiveram em confronto com Israel agora, pelo contrário, tentam construir relações com ele.
Em tal situação, se os israelenses continuarem a sua política em relação aos muçulmanos e os países árabes não mudem de atitude, é evidente que o nível de atividade terrorista no mundo só vai aumentar.
A situação em torno da mesquita de Al-Aqsa não é apenas a questão da existência de parte do patrimônio cultural do islão, podemos dizer que também é a questão da possibilidade de as ações de Netanyahu poderem resultar no aumento do caos mundial.