Segundo o vice-comandante das tropas aerotransportadas da Rússia, major-general Oleg Polguev, nos próximos dias militares russos demonstrarão como "combatem com sucesso contra inimigos potenciais".
"Provaremos que as tropas aerotransportadas russas são capazes de cumprir as tarefas que lhes são atribuídas em qualquer ponto do mundo com nota máxima <…>", disse.
Os exercícios provocaram uma celeuma que o chefe da diplomacia sérvia, Ivica Dacic, teve de reagir dizendo ontem (1) que a Sérvia, como país independente cuja neutralidade militar está fixada na Constituição, tem o direito de escolher de forma independente com quem deve realizar exercícios.
"Penso que não iremos pedir a funcionários ou garotos de recados permissão para realizar exercícios militares", disse Dacic.
Respondendo à questão da Sputnik Sérvia se o Ocidente ficará insatisfeito com os exercícios conjuntos com a Rússia, o especialista militar sérvio Goran Jevtovic disse:
"Na medida que permitimos ao Ocidente intervir nos nossos assuntos, ele que nos atacou de forma ilegítima em 1999, na mesma medida ele intervirá na nossa política interna e externa."
"Agora o Ocidente manipula com isso. A neutralidade militar não é a mesma coisa que um país ser neutral. É impossível ser neutral em termos militares e aspirar à integração política com algumas organizações. Falo do nosso caminho para integração na União Europeia, cuja componente principal é a política externa comum da UE, bem como a política de segurança. E a UE é o maior aliado oficial da OTAN. Com certeza que nos censuram pelas boas relações com a Rússia, embora a nossa cooperação militar esteja ao nível mínimo", disse Jevtovic.