Nesta quarta-feira (2), em uma entrevista concedida à Sputnik Internacional, Jim Jatras, ex-diplomata americano e conselheiro da fação republicana no Senado comunicou:
"Posso dizer com toda a certeza que a política desastrosa de Hillary Clinton, que contribuiu para as chamadas ‘Primaveras Árabes’, abrindo caminho ao desenvolvimento do islamismo, foi elaborada em estreita colaboração com Abedin".
O ex-marido de Abedin, Anthony Weiner, ex-congressista norte-americano, tinha escondido um lote de 650 mil e-mails, alguns deles ligados a Clinton, no seu computador portátil. As cartas acabaram por ser descobertas por agentes do FBI, que estão investigando mensagens de conteúdo erótico que o político tinha enviado a uma moça de 15 anos.
"Tendo obtido um cargo estreitamente ligado à então secretária de Estado Hillary Clinton, Huma Abedin podia dar conselhos a um dos principais arquitetos da política externa de Obama sem ninguém a questionar ou até saber disso", destacou Jatras.
O ex-diplomata também observou que todos sabiam da pouca habilidade de Clinton para digitar. É por isso que "todos os e-mails extensos enviados da conta de Clinton foram certamente escritos por terceiros, provavelmente por Huma Abedin ou Cheryl Mills", adiantou.
Jatras também questiona por que é que o Departamento de Estado norte-americano e a Administração de Obama nunca se mostraram preocupados com o passado de Abedin, seus laços estreitos com a célula da Irmandade Muçulmana nos EUA, onde seu pai foi uma figura eminente, enquanto a mãe de Huma e ela própria editaram uma revista oficial do movimento.
"As relações entre Hillary e Huma são extremamente íntimas, tanto ao nível pessoal como profissional", afirmou.
Todas as pessoas que ousaram a levantar a questão sobre as ligações polêmicas de Huma Abedin já encararam acusações duras, injustificadas e, ao mesmo tempo inevitáveis, de serem ‘islamofóbicos’, racistas e intolerantes, explicou Jatras.
Na percepção da administração de Obama, a Irmandade Muçulmana representa uma força islâmica moderada, até democrática e opositora dos chamados ‘radicais’, tais como Al-Qaeda, concluiu.