Vale ressaltar que os resultados das eleições foram completamente diferentes das pesquisas anteriores que prediziam a vitória da democrata Hillary Clinton com uma vantagem de alguns pontos percentuais. No dia das presidenciais, Trump até sugeriu que uma parte das sondagens poderia ter sido fictícia.
Segundo ele, "Trump convenceu os eleitores a comparecerem nas seções eleitorais, pois quem ganha a maioria de votos é quem convence os seus eleitores a aparecerem nas eleições".
Mirzayan compara a vitória de Trump ao Brexit traçando analogias, pois antes do referendo no Reino Unido a maioria era contra o Brexit, mas durante a votação eles votaram como achavam melhor – a favor do Brexit. Algo semelhante aconteceu nos EUA, acha o especialista.
A ministra da Defesa da Alemanha Ursula von der Leyen qualificou os resultados das eleições como "um grande choque". Segundo ela, Donald Trump sabe que a votação não foi a favor dele, mas sim contra a elite política que detém o poder em Washington.
Há também outras opiniões. Assim, o presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz considera que a vitória de Trump poderá dificultar as relações entre os EUA e a UE, confessando ter contado pessoalmente com a vitória de Clinton.
O especialista destaca que a maior culpa por um resultado tão inesperado é da agência CNN, pois foi essa mídia que durante toda a corrida presidencial semeou uma visão entre os eleitores de que Trump era um péssimo candidato, traidor, fascista, criando um ambiente de ódio por parte do eleitorado. Mas o resultado foi o oposto: a CNN obrigou os eleitores a esconderem que na realidade eles votariam em Trump, conclui Mirzayan.