Bombas de fragmentação, que não detonaram durante os bombardeamentos da OTAN em 1999, ainda existem em partes do território sérvio com uma superfície total de 3 milhões de metros quadrados. Outro 'brinde' da Aliança são as munições aéreas que estão esperando por suas vítimas em mais de 150 áreas do país.
Até novembro de 2016, um território que abrange cerca de 20 milhões de metros quadrados foi limpo de munições não detonadas. Neste ano, foi executado o projeto de neutralização de minas nas regiões adjacentes à cordilheira montanhosa de Kopaonik: em um território de 70 mil metros quadrados foram encontradas nove projéteis de fragmentação.
A maior parte das bombas de fragmentação (ou 'bombas cluster') ainda se encontra no município de Srem, uma região vizinha da capital. Até hoje continuam sendo perigosas as águas dos dois maiores rios sérvios – o Sava e o Danúbio. Na maioria dos casos, as munições mortais são encontradas por baixo das pontes que em 1999 foram destruídas por bombardeamentos.
A neutralização das munições de fragmentação exige grandes financiamentos, uma abordagem particular e treinamento suplementar dos sapadores e pirotécnicos. Devido às suas particularidades de construção, as bombas de fragmentação não podem ser desarmadas ou movimentadas, já que neste caso qualquer contato pode causar uma explosão. É por isso que elas são destruídas no local onde são descobertas.
Ao longo de 8 anos, mais de 4 milhões e 600 mil metros quadrados do território sérvio foram limpos de minas e bombas de fragmentação graças ao esforço conjunto de especialistas russos e sérvios. O território livre de explosivos regressou à atividade econômica. Foram encontradas e desativadas cerca de 13 mil munições.