Levando em consideração o fato de que alterações em estratégia requerem bastante tempo, seria errado esperar grandes mudanças no financiamento e nos programas de desenvolvimento do Pentágono e da OTAN, pensa Khrolenko.
Nem sempre as promessas eleitorais dos presidenciáveis norte-americanos viram decisões governamentais, ressalta o analista, ao se referir às declarações anteriores de Trump sobre o fomento das relações entre Moscou e Washington.
"Tendo em vista que o desenvolvimento das Forças Armadas e a implementação de estratégias são inseparáveis dos interesses econômicos do Estado, o Pentágono e a OTAN continuarão sendo as prioridades dos EUA. Apesar do forte desejo do 45º presidente dos EUA de efetuar mudanças, julgo que a estratégia militar nacional de confrontação com a Rússia não mudará", aponta Khrolenko.
O analista explica que melhorar as relações com a Rússia e, ao mesmo tempo, manter forças da OTAN ao longo das fronteiras russas, é algo que não é viável.
"Washington continuará apoiando seus aliados da OTAN e aumentando volume de armas fornecidas para eles", acrescenta Khrolenko.
Khrolenko conclui que os interesses econômicos de Washington e sua estratégia de “contenção prolongada” não vão permitir a Trump realizar mudanças drásticas dos alicerces militares e políticos do poderio americano.