A política da OTAN impõe que os seus membros gastem dois por cento do seu PIB na defesa. Em 2015, os EUA foi um dos cinco países, junto com a Grécia, a Polônia, a Estônia e o Reino Unido que alcançou a meta.
O país está também a braços com uma dúvida nacional de 19.8 trilhões de dólares. Para entender este valor, refira-se que dez das empresas principais da S&P Top 500 (a lista das melhores impressas) valem menos que 40 por cento (3.9 trilhões de dólares) da dúvida nacional dos EUA.
Em resumo, o presidente eleito estadunidense ameaçou reduzir os gastos dos EUA na OTAN e apelou aos outros 28 membros da Aliança Atlântica para pagar os dois por cento exigidos.
Durante a sua campanha eleitoral, Trump declarou que, sob a sua liderança, a América só ajudará os países da OTAN que paguem "a sua parte justa".
"Quero manter a OTAN, mas quero que eles paguem", disse Trump em um comício na Pensilvânia em julho.
"Não quero que eles tirem vantagem de mim… Estamos a proteger países dos quais a maioria das pessoas que aqui estão nunca ouviram falar e terminamos na terceira guerra…Por favor".
Robert Oulds, chefe do think tank The Brugers Group disse à Sputnik Internacional que Trump “constitui um grande desafio para os países europeus se eles tiverem que gastar mais dinheiro na Defesa”.
"Muitos países da Europa têm tantas dificuldades nos seus próprios orçamentos, que será difícil para eles levá-lo acabo".
"Segundo as palavras de Donald Trump, se eles não aceitarem este desafio, ele abandará a OTAN. Mas se as despesas da OTAN aumentarem, neste caso as pessoas vão pensar que a capacidade da Aliança Atlântica aumentará", disse Oulds.
Parece que o presidente eleito será menos aventureiro porque ele criticou bastante a política americana de mudança de regimes "inconvenientes", política que em tais países como o Iraque ou a Líbia não deu resultados nada positivos.
A atividade da OTAN pode mudar sob o futuro presidente dos EUA. É possível que tenhamos uma política exterior americana diferente porque ele pretende romper com o passado, criticou os neoconservadores na Administração americana, falou muito nisso e foi muito consistente durante muitos anos.
Na quinta-feira (10), o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, apelou à UE para formar um exército europeu.
"Temos muitas razoes para agradecer aos EUA… mas eles não irão tratar da segurança na Europa para sempre", disse Juncker aos jornalistas em Berlim.
"Temos que o fazer por nós próprios, por isso necessitamos de um novo método para construir uma união de segurança na Europa, para formar o exército europeu como objetivo final".
Talvez não o usem no estrangeiro, no entanto ninguém sabe, mas isso mostra que a UE não é um projeto de paz quando está a desenvolver forças armadas conjuntas
"Penso que é mais provável que o use para tentar manter a ordem interna na UE".
Outra crise poderá trazer ainda mais dificuldades para a EU, que já está sem instrumentos fiscais e monetários necessários para sobreviver ao choque causado pelos grandes défices orçamentais e a política de flexibilização.
Não há nenhuma dúvida que surgirão mais dificuldades se houver outra crise económica e a zona Euro colapsar completamente, isso pode causar problemas muito graves.