Esta cerimônia teve a presença do primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, que disse que Islamabad assegurará da melhor forma a segurança do porto para que as empresas estrangeiras possam usar os serviços de Gwadar, que está sendo gerido pela China. Depois de os trabalhos de dragagem dos fundos e de modernização da infraestrutura do porto terem sido realizados, o porto foi escalado em agosto pelo primeiro navio chinês com cargas para o Paquistão. No domingo (13), pelo porto passou o primeiro navio chinês com cargas para o Oriente Médio.
O especialista russo em assuntos de Ásia do Sul e Oriente Médio, Stanislav Tarasov, afirmou que a China tenta ocupar o vácuo deixado pelos EUA.
"A China está aumentando sua já forte influência no Paquistão. Também se observa uma grande influência da China no Afeganistão. Na região está surgindo um vácuo depois de os norte-americanos terem enfraquecido e sua política ter fracassado", disse.
"De um lado há a vontade dos países árabes e africanos cooperarem com a China, do outro – determinadas forças utilizam os islamistas para destruir capacidades energéticas, de transportes e comunicações existentes. As ações destas forças podem ser analisadas no contexto da confrontação entre os EUA e a China", disse Tarasov.
Na opinião dele, contra a China será usada a questão dos balúchis. Os balúchis habitam regiões que ficam no território do Paquistão, Afeganistão e Irã. Entre eles são fortes as tendências separatistas para criar um estado do Baluchistão. Estas intenções são usadas pelos islamistas como um instrumento de luta contra as autoridades legítimas.