Trump pode vir a corrigir o maior fracasso de Obama

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Donald Trump discursa durante o Congresso Nacional republicano em Cleveland - Sputnik Brasil
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Se o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, quer provar para os outros líderes mundiais que ele sabe o que está fazendo, a sua política externa deve começar com tentativas de melhorar as relações com a Rússia, escreve o Time.

O "reinício" das relações com a Rússia foi o maior fracasso na política externa da administração de Barack Obama, e agora Trump tem que corrigir isso, escreve o autor da matéria.

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"Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton, não conseguiram entender que a contraposição dos EUA com a Rússia, especialmente nas questões que para os russos são muito mais importantes do que para os americanos, não é vantajosa", se diz no artigo.

O novo chefe da casa Branca acredita que Washington tem que intervir menos nos assuntos dos outros e fazer mais por si. A exclusividade americana não vale nem um centavo a mais do que é possível obter por ela no mercado aberto, assinala autor.

"Trump certamente cederá a Crimeia à Rússia e vai desistir da linha dura de Obama em relação à Ucrânia", escreve Time. O futuro líder americano merece louvor por baixar o nível das tensões que estavam atingindo uma espiral perigosa.

No entanto, a Rússia não é o único país em relação ao qual Trump terá que mudar a política. Washington também deve rever seus pontos de vista sobre o conflito sírio, diz o autor do artigo.

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"Muitos pontos políticos, que Trump pode ganhar e ganhar rapidamente, serão recebidos não como resultado da resolução dos problemas globais, mas como resultado de desistência das lutas que não podem ser vencidas", frisa autor. Como escreve o Time, Trump está ciente de que os EUA não podem voltar a reunir todas as partes da Síria, considerando todo o caleidoscópio de interesses e de jogadores que já estão no terreno, por isso, o presidente eleito dos EUA vai lutar apenas contra os terroristas do Daesh (organização terrorista, proibida na Rússia).

Mais um político com quem Trump pode restabelecer o contato é o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que anteriormente declarou que a presidência de Trump marca uma "nova era" da democracia americana. Para melhoria das relações pode contribuir a extradição inimigo mortal de Erdogan, clérigo Fethullah Gulen, considera autor do Time. Além disso, se a cooperação de Trump com Putin e Erdogan for se expandindo, os EUA, a Rússia e a Turquia podem começar a discussão trilateral.

Outra questão da política exterior muito importante é Japão. O presidente eleito dos Estados Unidos deve prestar atenção ao fato de que Tóquio, nos últimos cinco anos estava aumentando seus gastos militares, adverte publicação.

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"O desejo do Japão assumir as responsabilidades na área de segurança se dá perfeitamente bem com as intenções de Trump", afirma o artigo.

Os EUA também não devem esquecer da Canadá, pois a quinta parte da economia canadense depende das exportações aos Estados Unidos. Nesta área há muito espaço para cooperação, escreve o Time.

"Estes quatro anos serão interessantes ", conclui o autor do artigo.

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