Na opinião deles, tal medida representa um ataque contra a liberdade de expressão.
A resolução denuncia as mídias russas, principalmente a Sputnik e o canal RT, de atacarem a União Europeia com uma suposta campanha de desinformação.
Segundo Braga, se trata da "intenção de prejudicar a liberdade de imprensa" e de um "ataque direto contra trabalhadores" da mídia.
"Quando os meios de comunicação são igualados a organizações terroristas, os profissionais que trabalham nestes meios são qualificados de terroristas", explica.
De acordo com ela, uma afirmação desta espécie não pode ser aceita "em nenhuma circunstância".
"Achamos que todas as entidades de defesa de jornalistas do mundo devem se pronunciar", opinou Braga.
Raúl Kollmann, editor do jornal argentino Página 12, comentou à Sputnik Mundo que "quando as maiores mídias só repetem aquilo que os governos e as multinacionais dizem, há tentativas de silenciar as vozes que dizem algo diferente e que têm uma visão diferente".
O argentino Alberto López Girondo, editor internacional do diário Tempo Argentino e colunista da revista Acción, acha que os europeus "preferem que não haja vozes que questionam o que eles estão fazendo".
"Qualquer voz que reflete o apoio recebido pelos grupos terroristas dos países ocidentais é uma voz que preocupa a Europa porque está contando o que os europeus fazem", frisa.
O Parlamento Europeu aprovou um documento que compara as agências russas Sputnik e RT à propaganda do Daesh. Com a resolução, Bruxelas pode destinar uma verba de 1 milhão de euros (R$ 3,6 milhões) ao grupo de trabalho encarregado da contenção da Rússia na área midiática.