Parlamento Europeu aprova resolução congelando adesão da Turquia à UE

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Parlamento Europeu aprova resolução que apela ao "congelamento" das negociações sobre adesão da Turquia à União Europeia.

No último momento, ao texto da resolução foi adicionada uma frase dizendo que "o Parlamento Europeu considera 'alarmantes' as declarações do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, sobre acordo de Lausana".

A favor da adoção da resolução votaram 479 deputados do Parlamento Europeu, 37 votaram contra.

Na véspera, o conselheiro de Erdogan, Bulent Gedikli, em uma entrevista à agência Reuters, chamou de "loucura" a votação do congelamento das negociações com a Turquia.

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A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, disse durante o debate na sessão do Parlamento Europeu que as relações entre Ancara e a UE estão em uma encruzilhada e "a transição da retórica para a ação quanto à pena de morte será o sinal de que a Turquia não quer ser membro da família europeia – nem do Conselho da Europa, nem da União Europeia".

Anteriormente ela expressou sua preocupação com os eventos na Turquia, sobretudo com o debate sobre a possível reintrodução da pena capital, com a liberdade de expressão e com a detenção de membros do parlamento turco. A UE declarou várias vezes que o comportamento de Ancara coloca em questão a sua vontade de aderir ao bloco.

O próprio presidente turco disse na quarta-feira (23) que a possível aprovação da resolução não significa nada para a Turquia.

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O acordo sobre a adesão à comunidade europeia da Turquia foi assinado em 1963. O pedido de adesão à União Europeia foi apresentado por Ancara em 1987. As negociações sobre a adesão da Turquia à UE, que começaram apenas em 2005, têm piorado repetidamente com divergências que levaram à sua suspensão.

Em março de 2016, os países membros da UE concordaram em intensificar as negociações em troca do consentimento de Ancara em contribuir para redução do fluxo de migrantes à Europa via território turco.

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