Embora Trump não tenha falado muito do mar do Sul da China ao longo da sua campanha eleitoral, o chefe da organização, Wu Shicun, comentou:
"Haverá uma virada radical na política dos EUA no mar do Sul da China."
Tratando-se da China, o presidente eleito procurou dar atenção aos aspetos econômicos das relações sino-americanas, acusando o país de ser "manipulador de moeda" e ameaçando aplicar tarifas aduaneiras nos produtos chineses importados.
Respondendo às ameaças de Trump, Pequim afirmou que faria valer dos seus direitos comerciais de acordo com os regulamentos tarifários da Organização Mundial do Comércio. O vice-representante dos assuntos do comércio internacional, Zhang Xiangchen, disse na quinta-feira (24) durante coletiva de imprensa:
"Eu acredito que, depois de Trump assumir o cargo, farão com que ele se lembre de que os EUA devem respeitar seus compromissos como membro da Organização Mundial do Comércio. E sendo membro da OMC também, a China tem o mesmo direito de proteger seus direitos <…>."
Mesmo Filipinas, Brunei, Malásia, Vietnã e Taiwan possuindo reivindicações territoriais no mar do Sul da China, Pequim dá mais atenção e se indigna mais facilmente com as tentativas de Washington de impedir a crescente influência chinesa na região.
O especialista destacou que o respectivo relatório não representa um tiro de aviso contra Washington, mas, sim, a tentativa de evitar uma corrida armamentista entre as duas maiores economias mundiais.