Entretanto, especialistas ambientais acreditam que a iniciativa trará para Índia mais pontos negativos do que positivos.
Primeiramente, deve-se levar em consideração que as oscilações climáticas causaram mudanças no regime de chuvas e que a instalação de uma enorme rede de canais, durante este instável período, não seria uma decisão sábia.
"A escassez de água de hoje pode se tornar um excedente de água no futuro devido à mudança climática", disse Sachin Gunthe do Instituto Indiano de Tecnologia em Madras, citado pela revista New Scientist.
Os geólogos também observam que a interligação dos rios pode prejudicar a agricultura, uma vez que as terras agrícolas foram construídas ao longo de séculos em planícies de inundação e perto das margens de rios.
Além disso, enquanto a iniciativa é direcionada para reduzir inundações, ela completamente ignora o fato de que as inundações carregam enormes volumes de lodo, responsável pela redução da erosão costeira.
Os animais selvagens também sofrerão severamente, pois o projeto visa à destruição de cerca de 4.100 hectares de floresta, incluindo os 58 quilômetros quadrados da reserva dos tigres de Panna.
Apesar de todos os alertas dos ativistas ambientais, o governo parece determinado a seguir em frente com a realização do projeto, que, tudo indica, começará em breve.