Antes, Erdogan informou que o exército turco iniciou operação militar na Síria para destituir do governo o presidente Bashar al-Assad.
"O objetivo da operação Escudo do Eufrates não é eliminar um país ou uma pessoa, e sim, apenas grupos terroristas. Espero que ninguém pense o contrário. A Turquia continuará lutando contra o terrorismo, mesmo que seja deixada de lado. Nesta direção nós encontramos obstáculos do Ocidente. A política da Turquia na Síria e no Iraque preocupa o Ocidente, pois [nossa política] não corresponde às suas pretensões para o domínio mundial. O futuro da Síria e do Iraque não importa para eles. Há petróleo lá? Sim, por isso eles estão lá", afirmou Erdogan, durante encontro com chefes de administrações rurais em Ancara.
"Eu apenas posso afirmar que ontem foi realizada uma conversa telefônica entre o nosso presidente e Erdogan, tendo sido abordado este tema", disse Ushakov aos jornalistas, comentando o diálogo entre Putin e Erdogan com relação à declaração da Turquia sobre a Síria.
"Sim, ele se explicou", continuou o assessor do presidente russo, reforçando que não pode comentar sobre insatisfação ou não da Rússia em relação ao comunicado de Erdogan.
Na véspera, o porta-voz do líder russo, Dmitry Peskov, declarou que o Kremlin aguarda esclarecimentos de Ancara sobre as palavras de Erdogan. Ao mesmo tempo, Moscou observa que tal declaração contradiz as declarações anteriores das autoridades turcas.