Em 1° de dezembro, foi encerrado o prazo concedido à Venezuela para ela que cumprisse com a adequação de sua legislação ao protocolo de adesão ao Mercosul. A Sputnik Mundo falou sobre o assunto com o deputado venezuelano, Yul Jabour, durante as sessões do Parlamento do Mercosul (Parlasur) em Montevidéu, Uruguai.
A Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai decidiram que, se, até 1° de dezembro, a Venezuela não cumprisse as normas do Mercosul, seria suspensa do bloco. O argumento dos sócios fundadores se apoiou na inobservância do Acordo de Complementação Econômica N° 18, que estabelece parâmetros para a livre troca de mercadorias entre os países aderentes e é considerado um dos pilares do bloco regional. A dois dias do ultimato, Venezuela garantiu cumprir a norma.
"Desde a sua entrada em 2012, a Venezuela tem feito ajustes importante, em conformidade com a legislação. Sendo assim, estão sendo violados vários elementos", destaca o parlamentar venezuelano.
Jabour frisou que em setembro foi estabelecido um prazo de três meses pelos integrantes do bloco para que a Venezuela se adeque às normas, mas em nenhum lugar foi estabelecido o erro.
O legislador venezuelano disse que estão sendo desenvolvidas iniciativas e políticas que estão "muito longe" de consolidar o bloco regional, responsável pelo "papel fundamental", não apenas na integração econômica, mas também na política social, onde "a Venezuela tem sido um dos protagonistas", sublinhou.
"Será criado um precedente perigoso caso a Venezuela seja excluída da integração de nossos povos", concluiu Jabour.
Anteriormente, agências de noticias internacionais informaram que a Venezuela foi suspensa do Mercosul por não cumprir obrigações do bloco e tal informação deve oficializada pelo Mercosul hoje, 2 de dezembro.