Donald Trump ameaça empresas transnacionais em postagem no Facebook

© REUTERS / Carlo AllegriCandidato republicano Donald Trump em Manchéster, EUA em 28 de outubro de 2016
Candidato republicano Donald Trump em Manchéster, EUA em 28 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
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Presidente-eleito reforçou caráter protecionista, afirmando que vai criar um imposto de 35% para este modelo de negócio.

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Pelo Facebook, o presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump ameaçou empresas com métodos de produção transnacional, ou seja, as que mantêm matriz produtiva dispersa em vários países do mundo.

Trump reforçou a promessa de campanha de "reduzir substancialmente os impostos", mas disse que qualquer empresa que deixasse os EUA, instalasse plantas industriais e fábricas em outros países e para depois vender os produtos para o público americano "sem retribuição ou consequências" estaria errada.

Ele ainda prometeu a criação de um imposto que taxaria em 35% este modelo negócio, tornando "a saída (dos EUA) financeiramente cara".

Os EUA vão reduzir substancialmente  impostos e regulações sobre as empresas, mas qualquer negócio que deixa nosso país para outro país, demite seus funcionários, constrói uma nova fábrica ou planta em outro país e, em seguida, acha que vai vender o seu produto de volta para o EUA… sem retribuição ou conseqüência, é ERRADO!

Haverá um imposto sobre a nossa futura fronteira de 35% para estas empresas que querem vender o seu produto, carros de volta através da fronteira. Este imposto vai tornar sair (dos Estados Unidos) financeiramente difícil, mas… essas empresas são capazes de se deslocar entre todos os 50 estados, sem imposto ou tarifa a ser cobrado.

Por favor, esteja prevenido antes de cometer um erro muito caro! OS ESTADOS UNIDOS ESTÃO ABERTOS PARA NEGÓCIO!

 

A mensagem ressalta o caráter protecionista do republicano. Grandes empresas como Apple, Adidas e General Motors, por exemplo, seriam as principais impactadas pela medida, já que mantêm a fabricação dos seus produtos em terceirizadas na Ásia.

As medidas são criticadas por economistas. Anteriormente, analistas do Peterson Institute for International Economics (PIIE), em Washington, alertaram para a possibilidade do início de uma guerra fiscal de economias emergentes com os EUA, o que poderia levar a uma destruição de até 4 milhões de postos de trabalho em solo norte-americano. Os setores mais prejudicados seriam o aeronáutico, o automotivo, o agrícola e o de plásticos.

Quando ainda concorria à presidência, Trump foi acusado de demagogia pela adversária Hillary Clinton. Isso porque, embora defendesse a priorização as produtos fabricados nos EUA, Trump comercializava artigos "made in China" em seus empreendimentos.

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