"Já que o diálogo [entre Rússia e OTAN] é muito difícil, seria importantíssimo que a Aliança Atlântica, juntamente com a UE, com os EUA e os esforços bilaterais, tentasse manter algum nível de compromisso com Rússia, senão a nível previsto quando foi assinado o Ato de Fundação em 1997 entre a Rússia e a OTAN", escreveram os analistas em um documento publicado como anexo do Projeto de Adaptação do GLOBSEC (fórum de segurança Globsec em Bratislava).
Segundo o general Allen, ex-comandante de Comando Central dos Estados Unidos da América, a Rússia partilha "muitos interesses comuns" com os membros da OTAN e tais interesses "devem ser aceitos e incentivados".
"Além disso, por ser impossível ignorar as situações na Ucrânia e na Síria ou a coerção cibernética e híbrida de Moscou contra os estados aliados, a segurança, a dissuasão e o diálogo devem fazer parte do método triplo de balanço das negociações com a Rússia de Putin", acrescentam os analistas.
A Aliança Atlântica tem sido cada vez mais assertiva nos últimos anos, conduzindo a realização de enormes jogos de guerra, implantando mais forças perto das fronteiras da Rússia e financiando gastos excessivos na defesa.
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— NATO (@NATO) 5 de dezembro de 2016
As questões prioritárias da próxima reunião incluem a cooperação da OTAN com a UE, a presença do bloco no Afeganistão, reforço das capacidades dos países aliados do leste e do sul, bem como a segurança na Ucrânia. As duas últimas provavelmente foquem na Rússia, mas isso não foi mencionado.