Em 5 de dezembro, depois de completar uma missão militar na Síria, um caça russo Su-33 escorregou para fora do convés do porta-aviões Admiral Kuznetsov devido ao rompimento do retentor de aterrisagem durante o pouso. Anteriormente, em 14 de novembro, um caça-bombardeiro MiG-29K sofreu um acidente durante o pouso no convés do Admiral Kuznetsov. Essas duas falhas causaram uma onda de críticas tanto na Rússia, como no estrangeiro.
Em 1 de dezembro, o jornal The Washington Post escreveu:
"As imagens de satélite indicam eventuais problemas com o único porta-aviões russo… é uma tentativa modesta do grupo naval de imitar suas contrapartes – os superporta-aviões dos EUA."
Ao mesmo tempo a edição britânica The Times se juntou às críticas e citou as palavras de Igor Sutyagin, pesquisador do Instituto Real Unido de Serviços de Estudos de Defesa e Segurança que falou que "somente um número limitado de pilotos russos têm nível necessário de preparação para pousos e decolagens no porta-aviões".
Será que os mesmos incidentes poderiam ter ocorrido com porta-aviões ocidentais? Na verdade, a Marinha dos EUA sofreu mais de 100 acidentes de grande dimensão ao longo dos últimos 50 anos.
Em 2011, um caça-bombardeiro americano F/A-18 Hornet explodiu ao tentar levantar voo a partir do porta-aviões estadunidense USS John S. Stennis.
Mas a verdadeira tragédia ocorreu em 1967 a bordo do porta-aviões USS Forrestal, quando, devido ao disparo acidental de um míssil Zuni, no convés ocorreu uma reação em cadeia que deixou 134 marinheiros mortos e 161 feridos.
Concluindo, vale a pena notar que os americanos não têm o direito de manchar a imagem do porta-aviões russo Admiral Kuznetsov que apenas perdeu três aviões nos últimos 11 anos sem provocar quaisquer vítimas.
Em qualquer caso, as lições das recentes falhas foram aprendidas, o treinamento foi melhorado e o sistema de pouso – aperfeiçoado.