Se não agirmos agora, não conseguiremos nos proteger do apocalipse

CC BY 2.0 / Ruuttu / Colapso entre um asteroide e a TerraUm retrato do hipotético colapso entre um asteroide e a Terra
Um retrato do hipotético colapso entre um asteroide e a Terra - Sputnik Brasil
Nos siga no
Se a Terra for inesperadamente atingida por um enorme asteroide, "não há nada que possamos fazer com isso", afirmou o cientista sênior da NASA Joseph Nuth.

A cratera grande de Occator, no planeta anão Ceres, iluminada de cores irreais para mostrar as diferenças no perfil da superfície - Sputnik Brasil
No planeta anão mais próximo do Sol, há jazidas de gelo (VÍDEO)
No decorrer de um painel da União Geofísica Americana sobre a proteção do planeta contra a eventual queda de um asteroide, Nuth destacou que a NASA não está adequadamente equipada para montar um sistema defensivo caso o chamado asteroide assassino seja detectado.

Em 2014, o cometa Siding Spring se aproximou a uma "distância mínima" de Marte. Alguns cientistas avaliaram que o Siding Spring poderia ter provocado uma explosão de 24 bilhões de megatons de TNT (por volta de 24 vezes maior que toda a energia solar que atinge a Terra em um ano), criando uma cratera de quase 500 quilômetros no diâmetro e por volta de 1,5 quilômetro de profundidade.

A NASA tinha detectado o Siding Spring cerca de 22 meses antes de ele passar por Marte, o que, segundo diz Nuth, não é suficiente para arranjar um sistema de proteção.

"Se você olhar para o calendário de lançamentos de astronaves de alta precisão, vai ver que os preparativos para o lançamento levam 5 anos", disse Nuth ao referir-se ao método preferido dos cientistas para proteger a Terra, isto é, usando um "pêndulo cinético", um objeto de alta velocidade que deve colidir com o asteroide, forçando-o mudar sua direção e evitando que choque com o nosso planeta.

O cenário alternativo é destruir o asteroide com explosivos superpotentes, tal como nos filmes populares, por exemplo, no Armagedom ou Impacto Profundo. De tal maneira, o asteroide simplesmente se desintegrará em milhões de destroços, sendo alguns deles bastante grandes, que também acabarão por atingir a Terra, aumentando geograficamente a área de destruição, mas com menor potência.

Mar de Weddell, na Antártida - Sputnik Brasil
Aquecimento global provoca crateras na Antártida
A proposta de Nuth é começar a construir o pêndulo cinético agora. Embora a tecnologia seja cara e a probabilidade de um asteroide assassino colidir com a Terra nos próximos 100 anos seja de 0.1%, de acordo com o relatório da NASA de 2015, Nuth considera que não vale a pena correr o risco de o nosso planeta ser atingido.

O cientista sênior da NASA se preocupa com evento ocorrido 50-60 milhões de anos atrás que levou à extinção da maior parte da vida no planeta, inclusive os dinossauros, dado que esta catástrofe foi provocada, em primeiro lugar, por um asteroide ou cometa com cerca de 10 quilômetros de diâmetro.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала