"As sondas Swarm, lançadas pela ESA, possibilitam fazer as radiografias mais precisas do núcleo da Terra. Além de termos visto esse fluxo pela primeira vez, fomos capazes de entender por que e como ele surgiu. Ele representa uma faixa peculiar de ferro líquido, que está acelerando permanentemente o seu movimento cíclico ao redor do Polo do Norte, que é muito parecido com comportamento do fluxo de jato na atmosfera", afirmou Philip Livermore, geólogo da Universidade de Leeds (Grã Britânia).
A questão é: como esse movimento é realizado? Checar o núcleo do nosso planeta com ajuda de instrumentos sísmicos sempre foi uma tarefa impossível. Sendo assim, para desvendar os segredos das profundezas da Terra, cientistas se apagaram a modelos matemáticos e testes de laboratórios de reprodução das condições no núcleo usando impressoras e bigornas supereficientes.
O jogo mudou em novembro de 2013, quando a agência espacial europeia lançou a partir do cosmódromo russo de Plesetsk sondas para missão de Swarm, cujo objetivo era examinar o campo magnético da Terra e as suas mudanças.
De acordo com os cientistas, o surgimento da "flor de camomila" está relacionado ao fluxo muito forte e rápido de metal fundido nas altas camadas do núcleo, que está movendo três vezes mais rápido do que rochas, que estão próximas a ele, e milhares de vezes mais rápido do que se encontram ou se separam os continentes e placas tectônicas.
Esses "fluxos reativos", como mostram os cálculos dos geólogos, devem influenciar na diminuição de velocidade de rotação da Terra e em muitos outros processos, sendo assim, a continuação de estudo nessa área permitirá revelar mistérios sobre o nosso futuro.