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Brasil, de novo, bombando no espaço

© AFP 2023 / Jody AmietAriane lança satélite
Ariane lança satélite - Sputnik Brasil
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A Arianespace realizou, na quarta-feira, 21, do centro aeroespacial de Kourou, na Guiana Francesa, o seu 11º lançamento no ano. O foguete Ariane 5 colocou em órbita dois satélites de comunicação, para a japonesa Sky Perfet JSAT e para a Embratel, com o Star One, o que vai ampliar consideravelmente os meios de comunicação no Brasil e nas Américas.

Segundo informações prestadas pela Embratel à Sputnik Brasil, o novo satélite brasileiro é resultado de mais de US$ 400 milhões de investimento. Ele está equipado com as Bandas C, Ku e Ka que vão permitir novos serviços de internet e banda larga de baixo custo.

Nono integrante da frota da Embratel, o Star One D1 faz parte da quarta geração de satélites e complementa a estrutura composta por cinco satélites em órbita geoestacionária e por três em órbita inclinada que a empresa possui. O equipamento tem 28 transponders (receptores e transmissores de sinais) em Banda C que garantem disponibilidade de sinais de voz, TV, rádio e dados, incluindo internet. Tem ainda 24 transponders na Banda KU que asseguram oferta de transmissão de vídeos, além de internet e telefonia para localidades remotas.

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Quem acompanhou de perto mais esse lançamento na Guiana Francesa foram os técnicos da Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão que tem como uma das principais missões manter o controle e o registro de todos os objetos espaciais brasileiros no que diz respeito à parâmetros orbitais e de comunicação, quais frequências são usadas em que tipos de cobertura. Hoje, no Brasil, Star One, Telesat e Hispasat  são empresas que operam satélites de comunicação. Em futuro próximo, a Telebrás se juntará ao grupo com o lançamento do SGVC. Todas operam em torno de três a dez satélites.

Pedro Kaled, tecnologista da AEB, explica que quase todos os satélites de comunicação ficam em uma órbita geoestacionária a uma altitude de 36 mil quilômetros. 

"Nessa órbita, o tempo que o satélite leva para dar uma volta ao redor da Terra é o mesmo tempo que a Terra leva para dar uma volta em torno do próprio eixo. Para alguém que está no solo o satélite parece parado no céu independente da hora do dia. Por isso as antenas de satélite, como as de TV a cabo, por exemplo, ficam apontadas para o mesmo lugar."

Segundo Kaled, o Brasil tem mostrado continuidade em projetos muito importantes, como com a China, e os próprios projetos de desenvolvimento brasileiros, entre eles a plataforma multimissão, o veículo lançador de microsatélites e bastante satélites universitários. 

"A gente viu no mundo uma revolução nos últimos anos na área espacial. Essa revolução começou com a popularização dos meios de lançamento. Depois de um tempo isso levou à criação, em vários lugares do mundo — nos Estados Unidos bastante mas também na Rússia e na Europa — de empresas que estão lançando e operando satélites para geração de negócios, o chamado newspace. O Brasil também está se posicionando para fortalecer a indústria nacional e poder competir nesse novo cenário."

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