Um dos resultados importantes da presidência de Barack Obama é o sentimento que os EUA já não são a potência líder mundial, escreveu Leonid Bershidsky em seu artigo no jornal Bloomberg.
Na compreensão do autor, apelos deste tipo eram os que os Estados Unidos estavam acostumados a divulgar desde a época em que a Guerra Fria foi substituída pela paz à maneira norte-americana.
Mas agora os três países sentiram que têm poder suficiente para liderar na região onde opera aquela que é provavelmente a maior ameaça ao mundo ocidental – o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e vários outros países do mundo).
"A Rússia não está contra as negociações com os EUA e fez isso por diversas vezes discutindo com a América na Síria. Mas isso não deu certo, inclusive porque a administração de Obama nunca foi unânime na questão se deve lidar com Putin ou não", escreveu.
É por isso que a Rússia tenta encontrar vias alternativas com outros jogadores no Oriente Médio que têm mecanismos de tomada de decisões mais claros.
Em geral, a tendência para afastamento dos EUA, na visão do jornalista, é o resultado direto da incoerência de Obama em política externa: ele diz que esta é orientada por valores, mas a maioria do mundo não partilha destes valores e acusa os EUA de arrogância.