Isso foi o que Washington prometeu conseguir, mas não conseguiu fazê-lo, escreve a analista política, Elena Suponina, para a RIA Novosti.
"Segundo informações que recebi da oposição síria, os maiores grupos, tais como Ahrar al-Sham, Jaysh al-Islam e outros, concordaram cortar todos os laços existentes com os terroristas do Daesh e da Frente al-Nusra", disse a analista.
"É o que a administração de Barack Obama prometeu atingir, mas o secretário de Estado, John Kerry, não conseguiu fazê-lo. A Rússia, Turquia e Irã conseguiram ao invés dele".
O avanço foi declarado na quinta-feira (29) pelo presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin.
Eles estavam prontos ao mesmo tempo em que as partes interessadas envolvidas nas negociações sobre Aleppo estavam, acrescentou ela. "O sucesso do acordo sobre Aleppo é parte de um acordo político mais amplo… destinado para ser a base do acordo de paz futura na Síria".
Suponina sublinhou que a Rússia, Turquia e Irã não estão interessados em dividir a Síria como "alguns fanáticos nos EUA".
A analista política frisou que todos os envolvidos trabalharam durante meses para chegar ao acordo. A embaixada da Rússia na Turquia, especialmente o embaixador russo, Andrei Karlov, morto a tiro na semana passada, participou ativamente deste processo.
Outro analista político, Tancrède Josseran explicou à Sputnik França o porquê de não conseguirem chegar a um acordo anteriormente:
"É bastante simples. A Turquia enterrou a sua política Neo-Ottomana na primavera de 2016, mudando. A Turquia não quer mais interferir nos assuntos internos de países vizinhos. O país já não possui ambições Neo-Ottomanas", explicou.
Segundo o analista político, Bassam Tahhan, certamente, os EUA e os seus aliados não irão esperar sentados enquanto a Turquia melhora os seus laços com a Rússia. "Acho que o Ocidente vá responder à decisão da Turquia com outro golpe de Estado ou outras medidas", destacou.