Lavrov anunciou que a chancelaria russa propõe ao presidente Vladimir Putin expulsar da Rússia 31 diplomatas da Embaixada dos EUA e quatro funcionários do Consulado Geral dos Estados Unidos em São Petersburgo.
O ministro russo espera que as medidas propostas em resposta às sanções sejam analisadas o mais rápido possível.
O ministro russo fez lembrar que os EUA impuseram sanções contra o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), além de uma série de instituições e pessoas físicas russas. As sanções também abrangem 35 diplomatas russos, que deverão abandonar o território dos EUA até o final do dia 1 de janeiro.
"Além disso, fomos proibidos de usar bens que são propriedade estatal da Federação da Rússia. Se trata da casa de campo para descanso dos nossos funcionários da Embaixada em Washington e da segunda casa de campo para descanso dos funcionários do Escritório da Representação Permanente da Rússia junto à ONU", destacou Lavrov.
"A conduta dos nossos colegas é bem evidente, em ambos os casos as casas de campo eram destinadas às férias de inverno dos filhos (dos funcionários), tradicionalmente lá são organizados acampamentos infantis. Mas estas casas de campo são declaradas ninhos de espiões", ressaltou o chanceler russo.
Lavrov qualificou de infundadas as acusações dos EUA dirigidas contra a Rússia sobre a interferência na campanha eleitoral nesse país.
"A administração americana cessante de Barack Obama, acusando a Rússia de todos os pecados mortais e tentando culpar-nos do fracasso das suas iniciativas da política externa, como vocês sabem, apresentou novas acusações de que a parte russa, a nível estatal, interferiu na campanha eleitoral dos EUA que resultou na derrota da candidata democrata", ressaltou o ministro.
Na quinta-feira (29) os EUA introduziram novas sanções contra Moscou devido a alegados ciberataques levados a cabo durante as eleições presidenciais. Além disso, a Casa Branca também decidiu expulsar 35 diplomatas russos dos EUA, informando que eles terão no máximo 72 horas para deixar o país.