Como parte da sessão aberta, os diretores responderam às perguntas dos senadores sobre o recente relatório preparado por várias unidades de Inteligência dos EUA, divulgado na semana passada, que conclui "com um alto nível de segurança" que, entre outras coisas, o presidente russo Vladimir Putin teria ordenado uma "campanha de influência" sobre as eleições presidenciais de novembro passado.
Clapper disse aos senadores que o relatório não estudava o impacto de Moscou nas eleições, mas que apenas encontrou “intenções” da Rússia nesse sentido. Segundo o diretor de Inteligência Nacional, contudo, não há nenhuma evidência de que a Rússia alterou o resultado das urnas.
O diretor de inteligência disse ainda que a China também faz espionagem cibernética nos EUA, embora seja um processo mais "passivo" de coleta de dados, sem "usá-lo para fins políticos".
Comey, por sua vez, disse que o FBI não teve acesso aos servidores de e-mail do Comitê Nacional Democrata depois que eles foram "hackeados", apesar de inúmeros pedidos nesse sentido, mas que uma “respeitável companhia independente” teve.
Além disso, Comey disse que havia "incursões e tentativas de vulnerabilizar os registros estatais das votações presidenciais", mas admitiu não haver nenhuma evidência de que tais registros tenham sido alterados. Os hackers, segundo o diretor do FBI, apenas obtiveram os dados.