Choi Gang, vice-diretor do Instituto de Estudos Políticos de Asan (The Asan Institute for Policy Studies) afirmou, em entrevista à Sputnik Coreia, em 10 de janeiro:
"A segurança na Península Coreana depende de duas forças iguais — os EUA e a China. No entanto, se se tiver em conta a possibilidade de melhoria nas relações russo-americanas, é muito provável que a Rússia possa ficar ao lado da Coreia do Sul."
A ideia de Choi Gang é de, em vez da oposição direta à China ou Japão, usar uma estratégia alternativa.
"É necessário obter o apoio daqueles países que sejam capazes de apoiar a posição da Coreia do Sul nas suas discordâncias políticas com a China e o Japão. Surgiu mais uma alteração — nós não sabemos que via irá escolher o novo presidente eleito dos EUA, Donald Trump."
Excluindo o Japão, que terá muita dificuldade em sair da sombra dos EUA, o especialista apela ao governo sul-coreano para utilizar a "cartada russa".
A "teoria do papel da Rússia", no entendimento do especialista, é "a necessidade de criar uma saída de emergência na política exterior sul-coreana, ampliando nela a linha russa".
O especialista propõe estreitar mais os laços com a Rússia para pedir um alívio no caos da sua política externa.
"Só conseguiremos encontrar uma saída de emergência caso o representante especial do Ministério das Relações Exteriores para Paz e Segurança na Península Coreana visite a Rússia, promova lá a questão da cooperação econômica com a Coreia do Sul e peça assistência nas questões da política em relação à China e ao Japão."
"A Coreia do Sul considera a si própria como parte de uma estrutura trilateral que inclui a Coreia, os EUA e a China, mais isso é um erro", sublinhou o especialista.
"É vital ter, o mais rápido possível, planos estratégicos que mobilizem as relações russo-americanas considerando uma possível pressão sobre a China", concluiu.