O jornalista russo Ilia Plekhanov, em artigo para agência RIA Novosti, opina que a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016 foi um presente para as forças especiais dos EUA.
2016 foi um dos anos mais difíceis e intensos para os lutadores destas unidades de elite dos EUA. No ano passado, as Forças de Operações Especiais dos EUA agiram em 138 países do mundo, estendendo o âmbito de suas missões da África à Europa, passando pelo Oriente Médio.
Estas operações envolvem a liquidação de terroristas e suas redes caso ameacem os interesses dos países ocidentais.
As unidades estão cansadas. O estresse é permanente. Durante 15 anos, mal tiveram tempo de descansar. No entanto, espera-se que Trump aumente o contingente e o financiamento das forças especiais ou diminua a quantidade de operações em que seus soldados estão envolvidos, escreve Ilia Plekhanov.
Tudo está nas mãos de duas pessoas
Não obstante, o jornalista destaca que, durante o mandato de Trump, o destino das Forças Especiais estará nas mãos de apenas duas pessoas: James "Cão Furioso" Mattis, possível futuro secretário de Defesa, e o futuro assessor de segurança nacional, Michael Flynn.
É pouquíssimo provável que ambos, famosos por atitude agressiva, mostrem indulgência para as unidades especiais do país.
Por outro lado, é possível que, após a tomada de posse de Trump, se ele seguir em frente com a sua decisão de se concentrar na luta contra o terrorismo, este corpo das Forças Armadas dos EUA tenha as mãos livres e menos limitações na hora de operar plenamente.
Atualmente, os combatentes das Forças Especiais estão se queixando das regras de conduta do conflito e da sua reduzida presença em países como o Iraque e a Síria. Além disso, esperam que esta situação mude, a partir da chegada ao poder do novo presidente dos EUA.