Qual será o papel das Forças Especiais dos EUA no mandato de Trump?

© AFP 2023 / DELIL SOULEIMAN Forças de operações especiais dos EUA
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À medida que se aproxima a posse de Donald Trump, surgem perguntas sobre as futuras obrigações das Forças de Operações Especiais dos EUA.

O jornalista russo Ilia Plekhanov, em artigo para agência RIA Novosti, opina que a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016 foi um presente para as forças especiais dos EUA.

2016 foi um dos anos mais difíceis e intensos para os lutadores destas unidades de elite dos EUA. No ano passado, as Forças de Operações Especiais dos EUA agiram em 138 países do mundo, estendendo o âmbito de suas missões da África à Europa, passando pelo Oriente Médio.

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A expansão de operações especiais, deve-se, em maior dos casos, ao trabalho e às decisões tomadas pelo presidente Barack Obama, ganhador do prêmio Nobel da Paz de 2009. No final do ano passado, Obama criou a unidade Counter-External Operations Task Force, 'dona' do direito de realizar operações contra grupos terroristas de todo o mundo, e não apenas nas zonas de conflito.

Estas operações envolvem a liquidação de terroristas e suas redes caso ameacem os interesses dos países ocidentais.

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Levando em consideração essas circunstâncias, o jornalista considera que as Forças Especiais dos EUA devam estar aguardando ansiosamente a chegada de Donald Trump, que em dezembro prometeu se concentrar mais na luta contra o terrorismo e não na derrubada de governos. Os porta-vozes e chefes das Forças de Operações Especiais dos EUA, inúmeras vezes, salientaram que a guerra constante, que já dura 15 anos, causam a indignação dos soldados norte-americanos, que cumprem suas funções apenas por obrigação.

As unidades estão cansadas. O estresse é permanente. Durante 15 anos, mal tiveram tempo de descansar. No entanto, espera-se que Trump aumente o contingente e o financiamento das forças especiais ou diminua a quantidade de operações em que seus soldados estão envolvidos, escreve Ilia Plekhanov.

Tudo está nas mãos de duas pessoas

Não obstante, o jornalista destaca que, durante o mandato de Trump, o destino das Forças Especiais estará nas mãos de apenas duas pessoas: James "Cão Furioso" Mattis, possível futuro secretário de Defesa, e o futuro assessor de segurança nacional, Michael Flynn.

É pouquíssimo provável que ambos, famosos por atitude agressiva, mostrem indulgência para as unidades especiais do país.

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As palavras repetidas de Trump de por em ordem as estruturas de Estado e reduzir gastos desnecessários do Pentágono preocupam as Forças Especiais.

Por outro lado, é possível que, após a tomada de posse de Trump, se ele seguir em frente com a sua decisão de se concentrar na luta contra o terrorismo, este corpo das Forças Armadas dos EUA tenha as mãos livres e menos limitações na hora de operar plenamente.

Atualmente, os combatentes das Forças Especiais estão se queixando das regras de conduta do conflito e da sua reduzida presença em países como o Iraque e a Síria. Além disso, esperam que esta situação mude, a partir da chegada ao poder do novo presidente dos EUA.

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