Entretanto, durante as audiências Tillerson sublinhou que apoia as sanções anti-russas, inclusive a contraditória lei Magnitsky, uma resposta punitiva à reunificação da Crimeia com a Rússia e a ideia de que alegados bombardeamentos da Rússia e Síria em Aleppo "violam o direito internacional".
Além disso, Tillerson disse ao comité que "enquanto a Rússia aspira a ser respeitada e ter relevância no palco internacional, as suas recentes atividades não respeitam os interesses norte-americanos".
Comentando este aspecto, Valery Garbuzov descreveu este esforço para criticar a Rússia durante as audiências no Senado como uma tática perante as circunstâncias.
"Fazer os senadores confirmarem a sua nomeação é uma tarefa delicada para Tillerson, por isso não esperaríamos que fizesse um discurso pró-russo, especialmente no Senado. Penso que as suas declarações têm a ver com a tática que promove", disse Garbuzov à Sputnik Internacional.
Na opinião de Garbuzov, Tillerson, se conseguir ocupar o cargo, seguirá a política de Trump, que quer melhorar a s relações russo-americanas.
A mesma opinião foi ecoada pelo presidente do Comité de Assuntos Internacionais da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Leonid Slutsky.
"Sim, estas declarações não devem ser consideradas como o vetor definitivo da política externa da nova administração dos EUA", disse Slutsky acrescentando que Tillerson não exclui o diálogo com Moscou apesar da sua retórica violenta.
Na opinião de Timofey Bordachev, da Escola Superior de Economia de Moscou, nem Trump, nem a sua administração serão parceiros fáceis para a Rússia, porque podem apresentar muitas surpresas pouco agradáveis a Moscou.