Grupo naval russo agrava histeria da OTAN

© Sputnik / Vitaly AnkovCruzador nuclear pesado russo Pyotr Veliky
Cruzador nuclear pesado russo Pyotr Veliky - Sputnik Brasil
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A Marinha Real do Reino Unido se prepara para acompanhar ao longo da costa da Escócia o grupo naval russo que regressa do mar Mediterrâneo para o porto russo de Severomorsk.

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Uma reação parecida já foi verificada em outubro, quando a OTAN pressionou a Espanha para não deixar entrar os navios russos no porto de Ceuta, onde os navios do grupo naval russo pretendiam se reabastecer com combustível e víveres. O grupo naval passou pelo Mediterrâneo sem escalas por ter recursos suficientes e ser autônomo, mas porque o comando da OTAN fica tão preocupado quando navios russos entram no Atlântico, pergunta o analista Aleksandr Khrolenko.

A estratégia de longo prazo do Ocidente prevê uma dominância global e o enfraquecimento de concorrentes potenciais em todos os locais de elevada importância. Entretanto, a Marinha russa já demonstra há vários anos que regressou ao oceano mundial por muito tempo e a sério. A presença permanente de navios militares russos preocupa os EUA e seus aliados que pretendem obter a dominância global.

A Marinha norte-americana possui planos globais na área de defesa antimíssil e um grupo significativo de satélites na órbita da Terra. Contudo, o navio de superfície com mísseis mais potente de hoje é o cruzador atômico pesado de mísseis Pyotr Veliky que será acompanhado pelas forças da OTAN perto do litoral da Escócia.

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Os reparos sarcásticos na mídia ocidental sobre o Admiral Kuznetsov ser uma peça de equipamento obsoleto não contribuem para o reforço dos países do Ocidente no mar, pensa Khrolenko. Enquanto a Aliança patina nas areias do Oriente Médio, a Marinha russa está tomando controle do Atlântico e mar Mediterrâneo.

A Rússia constrói os submarinos mais modernos, cuja presença preocupa os EUA e a OTAN, os obriga a mudar de estratégia, se movendo para a fronteira russa por terra e mares interiores.

As novas unidades e sistemas de mísseis no Oeste da Rússia servem para arrefecer o ímpeto de Washington e Bruxelas. A estratégia hipersônica significa a ausência de limites tecnológicos no desenvolvimento de novos equipamentos militares russos.

O Ocidente está acostumado a avaliar os esforços russos no Oriente Médio apenas como uma demonstração da força militar. Contudo, a Rússia está lutando contra grupos terroristas na Síria. A coalizão norte-americana na região não pode apresentar nem a mesma legitimidade nem a mesma eficácia.

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O navio Pyotr Veliky e o porta-aviões Admiral Kuznetsov, bem como outros navios da Frota do Norte, reforçaram o grupo da Força Aeroespacial russa e asseguraram a derrota dos grupos terroristas na Síria e a libertação de Aleppo. Não foram quaisquer demonstrações, sublinhou o analista.

Agora a Rússia retira suas forças principais do Oriente Médio, mas surgem novas perspectivas. Países como a Síria, o Egito, a Líbia e a Tunísia estão a favor de presença da Marinha russa no mar Mediterrâneo. Mais cedo, o Ministério da Defesa russo anunciou um possível regresso de bases militares ao Egito, Cuba e Vietnã, notou Khrolenko. Desde o fim do século XX, a Rússia promoveu uma política pacífica e o Ocidente considerou isso como uma capitulação. No mesmo período o Ocidente começou realizando operações militares sem autorização da ONU. Isso significa que nenhum país soberano deve esperar a simpatia do Ocidente, mas contar com as suas próprias forças armadas. O grupo naval russo, certamente, irá regressar ao Mediterrâneo, opinou o analista.

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