O texto aprovado durante o governo de Matteo Renzi previa votação em dois turnos e a eleição por lista em "círculos" eleitorais. A lei encontrava grande resistência dos italianos porque o uso de listas fechadas dava muito poder aos partidos para escolher a composição do Parlamento e a alocação de assentos no Senado tornava difícil a emergência de um vencedor claro nos pleitos.
A decisão judicial acaba com os dois turnos, mas mantém outra medida polêmica: qualquer partido que alcance 40% dos votos ganha automaticamente um "bônus" de 15% no número de assentos no Parlamento. Como nenhuma sigla foi capaz de conseguir este apoio em nenhuma região da Itália, a decisão do Tribunal pode acabar forçando a formação de coalizões e prejudicando opositores como o Movimento de 5 Estrelas, que não forma aliança por princípios ideológicos.
Novas eleições
Um novo pleito está marcado no país para 2018, mas pedidos de uma "eleição rápida" — realizada fora do período tradicional — já estão em discussão desde a renúncia de Matteo Renzi no ano passado.
O Movimento 5 Estrelas também reforçou o pedido, demandando que as votações já com um sistema de acordo com as exigências do Tribunal sejam convocadas o mais breve possível ainda neste ano.