Na opinião de Fenenko, Tillerson prestará mais atenção às questões ligadas ao petróleo na política externa.
"Para Rússia isso poderá virar um grande problema no Cáucaso e na Ásia Central", acredita o especialista.
Segundo ele, "na nova etapa, os EUA voltarão às políticas de George W. Bush e darão maior atenção no sentido do mar Cáspio, ao invés da Ucrânia".
"O jogo norte-americano na Geórgia vai se intensificar, haverá tentativas de penetrar no Azerbaijão e de afastar a Rússia da Ásia Central, ao realizar trabalho individual com o Turcomenistão, Uzbequistão, e, o que é mais desagradável para nós, com o Cazaquistão. Esperamos uma nova tentativa de jogo contra a OCX", assinala.
Ao mesmo tempo, Vladimir Batiyk, professor e chefe do Centro de pesquisas político-militares da Academia de Ciências da Rússia acredita ser cedo para falar das políticas de Trump no sentido russo, já que a própria administração ainda se encontra na etapa de formação.
Ao discursar no Senado, Tillerson ressaltou que a nova administração vá defender os interesses nacionais dos EUA de maneira bastante dura. Fenenko acredita que "neste sentido a amizade com a Rússia não seja um obstáculo".
O novo secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, foi empossado na noite da quinta-feira (02) pelo vice-presidente dos EUA, Michael Pence. A cerimônia de posse decorreu na Casa Branca na presença de Donald Trump.