De acordo com o documento proposto, o projeto de Constituição será levado à votação popular antes de passar a vigorar oficialmente no país.
Embora tenha reconhecido o importante papel que o projeto terá nas negociações de paz em Astana, o legislador turco Ahmet Berat Conkar, do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) se mostrou preocupado com a participação de forças curdas no processo de transição democrática na Síria.
"Consideramos o PYD como uma organização terrorista, por isso a abordagem para seu possível envolvimento nas negociações deve ser dura, é uma questão muito delicada para a Turquia, acreditamos que a Rússia compreende a ameaça que esta organização representa para a Turquia", disse o legislador.
O legislador destacou que as disposições sobre a autonomia cultural curda são problemáticas.
"A questão dos direitos culturais deve ser tomada de acordo com a realidade na Síria. Não creio que seja correto usar termos como autonomia ou divisão, o que pode levar, a longo prazo, à instabilidade na região. Os interesses de todos os grupos étnicos que vivem na Síria devem ser levados em consideração, por outro lado, o texto não deve conter termos que possam levar a instabilidade política e tensões sociais", ressaltou Conkar.
A participação dos PKK no conflito sírio sempre foi um ponto sensível à diplomacia em Ancara. Em determinado ponto, o país chegou a usar a militância armada retirada de Aleppo para combater os curdos.