Com a governação da administração de Trump surge a tendência de formação de um vácuo, nos mercados do México e outros países da costa do Pacífico da América Latina, que a China tenciona preencher, segundo comunicou à Sputnik China o vice-diretor do Instituto da América Latina Boris Martynov.
O aparecimento desta publicação é um sinal significativo que sinaliza que a China não só não ignora as mudanças na América Latina, mas tenciona reagir em conformidade com essas mudanças.
"É possível que a China aproveite esta situação, porque a sua política na América Latina já tem há muito tempo um caráter orientado para objetivos econômicos. China está ativamente concorrendo com os EUA. Os EUA, ainda no período do isolacionismo clássico, tinham impacto no seu 'quintal' – na América Latina. Mas hoje em dia o conceito de 'quintal' já não é atual", opinou Boris Martynov numa entrevista à Sputnik China, acrescentando que a América Latina vai abrira suas portas à China de acordo com seus próprios interesses.
"A motivação dos países da região pela integração é muito elevada. Por isso, as negociações com a China serão realizadas ativamente ao nível multilateral e no âmbito de negociações bilaterais", adianta Martynov.
"Para a China a situação também abre possibilidades e ao mesmo tempo cria desafios. Por exemplo, a incerteza da política dos EUA dificulta a realização da política macroeconômica na China e a orientação para investimentos externos", acrescentou Cheng Fengying.
Mas para ele o momento-chave é que os diversos países têm que agir com base nos seus próprios interesses de desenvolvimento independente dos EUA.