Segundo o autor do artigo no Foreign Policy, Donbass vive em estado de verdadeira "guerra de grande escala", que pode provocar uma catástrofe humanitária.
Ambas as partes do conflito trocam acusações. Kiev está acusando a Rússia e Webb acredita que isso não é infundado, mas sublinha que não foram apresentadas nenhumas provas da participação das Forças Armadas russas no conflito.
O jornalista também reconhece o papel da movimentação de militares ucranianos na escalada do conflito.
"As Forças Armadas da Ucrânia reforçaram suas posições defensivas e fizeram avançar armamento pesado, incluindo tanques de combate que, de acordo com o segundo Acordo de Minsk, deveria ser retirado da linha da frente", afirma Webb.
Ele considera a inauguração de Trump como um pretexto importante para a nova onda de escalada no Leste da Ucrânia.
Why Ukraine would lose the war in the Donbass by winning it: https://t.co/MzCBTQnz39 pic.twitter.com/MGLCNbib2E
— Foreign Policy (@ForeignPolicy) 3 de fevereiro de 2017
"Kiev agora está menos disposto ao compromisso, porque a falta de confiança na atitude de Washington em relação ao conflito está crescendo", acrescenta jornalista.
Webb acrescentou que após a vitória de Trump, que promete uma diminuição do apoio de Washington, Kiev está cada vez menos interessado em acordos sobre Donbass.
Entretanto, aqueles que tinham anteriormente defendido uma resolução pacifica do conflito se estão tornando em "falcões" e aqueles que apelam a compromissos enfrentam grandes ondas de crítica.
A falta de oposição à retórica militar do presidente ucraniano significa que muitos já não veem nenhuma possibilidade de alcançar a paz sem ser através da guerra, acrescentou Webb, exortando Kiev a ter um discurso mais moderado.