Infelizmente, os eventos daquele tempo ainda são informação rigorosamente confidencial, não de nível regional, mas federal, pois só as autoridades federais e serviços de segurança da Rússia podem permitir o acesso aos documentos de arquivo, declarou Eduard Rossel à Sputnik na quinta-feira (9).
Ele também sublinhou que respeita muito Pyotr Bartolomei e seus colegas que durante muitos anos tentaram projetar luz sobre os eventos ligados à morte de pessoas no Passo Dyatlov.
"Sem dúvida, eu, como verdadeiro morador dos Urais que dedicou sua vida ao desenvolvimento da região dos Urais Centrais, preocupo-me muito com o tema da investigação objetiva da tragédia", acrescentou o senador.
Entretanto, ele informou que há dois anos que Bartolomei lhe pediu para que o ajudasse a ter acesso essa informação, "mas devido ao fato de que tal possibilidade esteja fora da sua competência de senador" não consegui ajudar e deu a Pyotr "uma resposta pormenorizada sobre as razões da recusa".
O Passo Dyatlov, na região russa de Sverdlovsk, é conhecido pelo incidente misterioso em 1959, quando nove alpinistas morreram em circunstâncias estranhas.
O local foi batizado em honra do estudante Igor Dyatlov que, em 1959, liderava o grupo de caminhantes. Dadas as circunstâncias estranhas das mortes, a tragédia levou a uma imensa quantidade de especulações, desde se tratar de um fenômeno paranormal, um caso de espionagem ou até ensaios de armas secretas. O incidente despertou a curiosidade internacional.
O grupo, então, tentou resgatar os feridos, os transportando em direção à floresta, onde fizeram uma fogueira. Outros retornaram para a tenda, de acordo com Buyanov. No entanto, os caminhantes congelaram até a morte, enquanto os que ficaram na floresta apresentavam queimaduras nas mãos. Segundo foi divulgado na época, os caminhantes morreram de hipotermia. Além disso, dois tinham costelas quebradas, e o terceiro uma fratura no crânio.