O líder russo afirmou que para a resolução do conflito sírio é extremamente importante que não haja ingerência externa.
"Temos que fazer todo o possível para que, ao ser decidida a questão-chave, ou seja, a da integridade territorial síria, não haja nenhuma interferência de fora", frisou.
Vladimir Putin afirmou que, infelizmente, entre as fileiras jihadistas há um enorme número de militantes provenientes da Rússia e das antigas repúblicas soviéticas.
“Segundo nossos dados provisórios, são milhares. Pelos dados do Departamento Central de Inteligência do Estado-Maior e do FSB [Serviço Federal de Segurança], são por volta de 4 mil [combatentes] da Rússia e cerca de 5 mil – das repúblicas da ex-União Soviética", explicou.
Ao falar da importância desta missão na Síria para o seu país, Putin realçou que "levando em conta que temos isenção de vistos entre os países [da ex-URSS], entendemos o grande perigo que se esconde neste criadouro de terrorismo na Síria especialmente para nós, para a Rússia. Ao realizar missões de combate longe das fronteiras nacionais, vocês contribuíram de maneira direta para garantir a segurança da Federação da Rússia".
"Quero felicitá-los e agradecer pelo trabalho militar que vocês realizaram. Vocês abriram uma nova página na história da Marinha russa. Não só porque foi uma missão para longe, uma missão bem-sucedida, complicada, em condições, digamos sinceramente, de resistência aos nossos esforços de luta contra o terrorismo internacional, bem como de falta de ajuda por parte dos nossos assim chamados parceiros", expressou o presidente.
O presidente frisou que o trabalho foi realizado "de modo digno, com boa qualidade".
"Muito foi feito pela primeira vez, inclusive o uso de equipamentos modernos – não só dos MiG-29, mas também de armas de alta precisão. Vocês cumpriram todos os objetivos que vos tinham sido incumbidos", disse Putin.
Em 15 de outubro de 2016, um grupo de combate naval encabeçado pelo cruzador porta-mísseis nuclear pesado Pyotr Veliky e acompanhado pelo porta-aviões Admiral Kuznetsov, partiu para as regiões do Atlântico Norte e do mar Mediterrâneo. A partir de 8 de novembro, o grupo efetuou uma campanha de combate ao terrorismo na Síria.
O porta-aviões Admiral Kuznetsov regressou à Rússia em 9 de fevereiro, passados dois meses da operação na Síria. Durante este período, os pilotos realizaram 420 missões e destruíram mais de 1.200 alvos terroristas.