Em entrevista à Sputnik Itália, Мirko Molteni focou-se especificamente na política atual da Itália de apoiar a posição do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a OTAN.
Isto significa que os aliados dos EUA, incluindo a Itália, deverão no futuro contribuir com mais dinheiro para a OTAN. De acordo com Molteni, a aceitação desta política por Roma pode ser explicada por diversos acordos secretos entre EUA e Itália que foram assinados 60 anos atrás e não foram tornados públicos inteiramente até hoje.
O especialista disse que os acordos estipularam especificamente a criação do Centro de Comando da Força Conjunta da OTAN em Nápoles para combater as ameaças à segurança provenientes do Oriente Médio e da África do Norte.
"Primeiro, é necessário estabilizar a situação na Líbia porque as tensões no país afetam o mercado de petróleo global e causam um afluxo de imigrantes para a Europa. Este centro ajudará a aliança a coordenar melhor suas ações na região", disse Molteni.
Molteni não excluiu a possibilidade de a OTAN se passar a focar não na expansão para leste mas no Mediterrâneo por causa da assim chamada "ameaça russa".
O especialista italiano espera que os documentos secretos sejam gradualmente desclassificados. Segundo ele, trata-se de documentos assinados durante a Guerra Fria "no momento em que a Itália aderiu à OTAN". Entre outras coisas, estes documentos contêm as condições secretas de participação do país na aliança.