Sessions renunciou na quinta-feira (2) a participar de qualquer investigação sobre os supostos contatos entre Moscou e a equipe do presidente Donald Trump, após as revelações feitas pelo jornal Washington Post de que, quando era senador, esteve por duas vezes com o embaixador Sergei Kislyak, durante a campanha eleitoral de 2016, e não mencionou o fato em suas audiências de confirmação no Senado.
Lavrov ressaltou que os contatos com funcionários e legisladores locais fazem parte das funções de um embaixador, e acrescentou que a pressão sobre Sessions "se assemelha a uma caça às bruxas ou à época do macartismo, que achávamos ter ficado no passado nos Estados Unidos como país civilizado".
Trump acusou os democratas em uma declaração na quinta-feira à noite. "Eles perderam a eleição e agora perderam toda noção da realidade. A história real é a dos vazamentos ilegais de informações confidenciais e de outros tipos. É uma total caça às bruxas!"
O chanceler russo disse em entrevista coletiva que Moscou não vai imitar os EUA, mas acrescentou que "se aplicássemos o mesmo princípio às atividades e contatos do embaixador (dos EUA, John) Tefft na Rússia, seria um quadro muito engraçado".
Ante um pedido de declaração, o porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov, disse que não tinha “nada a acrescentar à extensa explicação do Presidente Trump".