Moscou denuncia nova era de caça às bruxas nos EUA

© AFP 2023 / ROBYN BECKRepresentantes da mídia dos EUA perto do Capitólio na época de preparativos para cerimônia da posse de Donald Trump, 20 de janeiro de 2017
Representantes da mídia dos EUA perto do Capitólio na época de preparativos para cerimônia da posse de Donald Trump, 20 de janeiro de 2017 - Sputnik Brasil
Nos siga no
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse nesta sexta-feira (3) que os Estados Unidos estão passando por uma nova onda de macartismo devido ao escândalo gerado pelos encontros entre o procurador-geral norte-americano Jeff Sessions e o embaixador russo nos EUA, e lamentou a falta de diálogo substancial com Washington.

Sessions renunciou na quinta-feira (2) a participar de qualquer investigação sobre os supostos contatos entre Moscou e a equipe do presidente Donald Trump, após as revelações feitas pelo jornal Washington Post de que, quando era senador, esteve por duas vezes com o embaixador Sergei Kislyak, durante a campanha eleitoral de 2016, e não mencionou o fato em suas audiências de confirmação no Senado.

Lavrov ressaltou que os contatos com funcionários e legisladores locais fazem parte das funções de um embaixador, e acrescentou que a pressão sobre Sessions "se assemelha a uma caça às bruxas ou à época do macartismo, que achávamos ter ficado no passado nos Estados Unidos como país civilizado".

Barack Obama e Donald Trump conversam com a imprensa durante reunião na Casa Branca, em Washington, 10 de novembro de 2016 - Sputnik Brasil
Trump classificou as acusações contra a Rússia de 'caça às bruxas'
Na década de 1950, o senador Joseph McCarthy liderou uma “caça às bruxas” contra supostos infiltrados comunistas no governo dos EUA, que foi amplamente baseada em acusações infundadas.

Trump acusou os democratas em uma declaração na quinta-feira à noite. "Eles perderam a eleição e agora perderam toda noção da realidade. A história real é a dos vazamentos ilegais de informações confidenciais e de outros tipos. É uma total caça às bruxas!"

O chanceler russo disse em entrevista coletiva que Moscou não vai imitar os EUA, mas acrescentou que "se aplicássemos o mesmo princípio às atividades e contatos do embaixador (dos EUA, John) Tefft na Rússia, seria um quadro muito engraçado".

Representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, durante a entrevista coletiva semanal, Moscou, Rússia, 18 de fevereiro de 2016 - Sputnik Brasil
Chancelaria russa: não houve nenhum candidato pró-russo nas presidenciais dos EUA
Em mensagem sarcástica no Facebook, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russa, Maria Zhakarova, disse que ao cruzar com Tefft na antecâmara do ministério, advertiu-o de que ele corria o risco de se encontrar com diplomatas russos.

Ante um pedido de declaração, o porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov, disse que não tinha “nada a acrescentar à extensa explicação do Presidente Trump".

 

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала